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Abaixo a ditadura! Viva à luta do povo brasileiro pela genuína democracia!


Neste dia 1º de abril, completar-se-á o aniversário de 50 anos do golpe militar que depôs o presidente João Goulart e impôs 21 anos de uma ditadura de tipo fascista dos grandes burocratas capitalistas, latifundiários e imperialistas norte-americanos sobre todo o conjunto da nação brasileira. Foi martirizando, torturando e esquartejando as amplas massas de operários, camponeses, estudantes progressistas e demais setores populares que se materializou a lei inerente à exploração imperialista, de derrubar e desmoralizar todos e quaisquer políticos que não sirvam a interesses estrangeiros, estes completamente estranhos ao desenvolvimento progressista e democrático dos países. Não foi isso que se passou, quando o Presidente João Goulart decretou a lei que estabelecia o limite sobre a remessa de lucros para o exterior por parte de empresas transnacionais e a reforma agrária? Nada de "patriotismo" que venha da boca dos militaróides fascistas e seus lacaios deve ser levado a sério: Não serão pessoas sãs quem acreditarão que um regime militar que assassinou e torturou os melhores e mais combativos filhos do povo brasileiro, abriu terreno para a grilagem de milhões de hectares de terras brasileiras para os interesses do imperialismo norte-americano, arrochou os salários da classe operária, retraindo o mercado interno, bem como dando toda sorte de benefícios possíveis para grandes transnacionais estrangeiras estava lutando pelo progresso da pátria brasileira. Nenhuma ilusão deve ser feita em torno disto. No atual momento, se espalha aos quatro cantos do Brasil a mentira sobre o "caráter democrático" do Estado brasileiro, desvinculando-o de seu caráter de classe que o explicita, essencialmente, como uma ditadura conjunta de grandes capitalistas e latifundiários. Mesmo após o fim do regime militar, os resquícios deste seguem existindo em formas altamente difundidas: O caso recente da trabalhadora Cláudia Ferreira da Silva, do Rio de Janeiro, arrastada até a morte por um carro dirigido por policiais militares, mostra que a brutalidade dos braços armados do Estado brasileiro, longe de se atenuar após o fim do regime militar-fascista, intensificou-se sensivelmente. Os acontecimentos atuais do prosseguimento do genocídio contra a minoria nacional Guarani Kaiowá no estado do Mato Grosso do Sul, bem como os atitudes recentes do governo federal de utilizar a "Força Nacional de Segurança Pública" para grilar as terras do povo Tupinambá no sul da Bahia, mostram também que a política federal de grilagem de terras em larga escala proveniente da ditadura militar também não passou por mudanças. Acaso a recente truculência da Força Nacional contra a combativa greve dos operários da usina hidroelétrica de Jirau contra os salários de fome, a escravidão por dívidas, as precárias condições de trabalho e as abertas situações de cárcere privado não nos remete à invasão da Companhia Siderúrgica Nacional, em 1988, pelo Exército Brasileiro, resultando em três operários grevistas assassinados? Não são somente tais fatos que mostram as sobrevivências altamente difundidas do regime militar-fascista. Todos aqueles que durante os anos de arbítrio torturaram, assassinaram, sequestaram ou humilharam militantes que ousaram se levantar contra a ditadura permanecem impunes, e poucos foram aqueles que receberam qualquer tipo de punição. Dentre os países da América Latina que também passaram por regimes militares, o Brasil é o único que não puniu torturadores e militares pelos crimes cometidos, uma medida que até mesmo o Chile, que ainda vive sob uma constituição promulgada durante o nefasto regime ditatorial de Augusto Pinochet, já tomou. Passados 50 anos do golpe, o inimigo segue o mesmo: o imperialismo estadunidense. A forma histórica da dominação foi alterada, mas não o seu conteúdo. O fascismo escancarado deu lugar a um pretenso regime democrático, mas a violência e repressão às classes trabalhadoras, a entrega das riquezas do País, a submissão aos interesses dos grandes monopólios internacionais e do capital financeiro permanece e se aprofundam, independente da cor e do discurso do partido burguês que esteja na administração do aparato estatal. A experiência de mais de 20 anos de ditadura fascista no Brasil deve contribuir para estimular os brasileiros, democratas e patriotas a seguirem lutando para destruir os resquícios do regime de arbítrio, a violência fascista contra os operários, camponeses, povos indígenas e estudantes progressistas no Brasil, o fortalecimento do latifundismo, a impunidade dos torturadores de ontem e de hoje e o entreguismo na economia. Abaixo o golpe militar-fascista! Viva à luta pela Nova Democracia a serviço dos operários e camponeses!

UNIÃO RECONSTRUÇÃO COMUNISTA

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