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Sobre a recente aproximação diplomática entre Cuba e Estados Unidos


A União Reconstrução Comunista manifesta sua posição sobre a recente aproximação diplomática entre Cuba e Estados Unidos. Após mais de 50 anos de hostilidade, por fim, os dois países decidem reestabelecer relações diplomáticas, o que constitui uma grande vitória para o povo cubano e sua revolução.

Cuba, ao longo desses mais de 50 anos, sempre lutou para normalizar suas relações com todos os países do mundo, incluindo os países capitalistas, mas sempre foi hostilizada e isolada, graças a pressão reacionária exercida pelas classes dominantes dos países imperialistas. As forças revolucionárias, democráticas e progressistas, sempre apoiaram a justa luta do povo cubano contra o bloqueio econômico que o imperialismo impôs ao país e as mudanças de ontem podem representar um passo em direção a esse caminho.

Os países socialistas sempre aplicaram a política de coexistência pacífica com os países com regime social diferentes e, evidentemente, Cuba não seria uma exceção à regra. Evidentemente, estabelecer relações diplomáticas com um país imperialista, como é o caso dos Estados Unidos, não constitui o fato de que o governo cubano agora passaria a apoiá-lo. Como já orientava o Presidente Mao Tsé-tung, em 1957: No que diz respeito aos países imperialistas, devemos também unir-nos a seus povos e tratar de conseguir a coexistência pacífica com estes países, fazer negócios com eles e conjurar toda guerra possível. Entretanto, em relação a estes países não devemos de nenhum modo nos atermos a pontos de vista que não correspondem à realidade.

A normalização da relação entre os dois países também resultou num outro fato extremamente positivo, que foi a libertação dos últimos três heróis cubanos que estavam encarcerados por lutarem contra o terrorismo. Antonio Guerrero, Gerardo Hernández e Ramon Labanino já estão em Cuba. É evidente que todas essas transformações produzidas no cenário político internacional, não poderiam deixar de gerar temores e confusões. Certos setores da pequena-burguesia radicalizada, que se reivindica de esquerda, manifestando o temor e o ceticismo típicos de sua classe, agora tentam aparecer como “defensoras” do socialismo cubano, acusando a liderança do Partido Comunista de Cuba de “traição”. Em outros momentos históricos, onde países socialistas precisaram manter diálogos e estabelecer relações diplomáticas com países imperialistas, muitos setores da pequena-burguesia, infiltrada no Movimento Comunista Internacional, também agiu dessa maneira. Reconhecer as recentes movimentações como fato positivo, não significa nutrir ilusões com o imperialismo norte-americano.

A União Reconstrução Comunista seguirá apontando o imperialismo norte-americano como o principal inimigo de toda a humanidade. Temos a completa certeza de que o povo cubano saberá manter sua independência, preservando as conquistas de sua revolução e mantendo sua solidariedade ativa aos processos avançados de luta libertadora nacional que estão sendo levadas a cabo em países como Bolívia e Venezuela.

A União Reconstrução Comunista orienta todos os seus militantes e simpatizantes a não afrouxarem a sua solidariedade com o povo cubano, mantendo sua posição de apoiar firmemente a liderança do Partido Comunista de Cuba.

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