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Entregar o Pré-sal é crime lesa-pátria!


Durante muitos anos, geólogos e outros especialistas estrangeiros afirmavam a inexistência de petróleo em nosso país. Foi após muita insistência e perseverança do povo brasileiro que a descoberta deste precioso recurso natural foi possível. Através de vigorosa campanha de luta, que ficaria conhecida como ''O petróleo é nosso!", nosso povo conquistou o direito de usufruir desta fabulosa riqueza, afastando a cobiça de grandes potências estrangeiras, e acabando por criar uma empresa estatal, Petrobras, que seria fonte de imenso orgulho nacional por gerir este recurso com incontestável excelência pelos anos.

De lá para cá, mais de seis décadas se passaram. A Petrobras se tornou empresa de envergadura mundial, capaz de competir em pé de igualdade com as maiores petrolíferas do mundo. Fora premiada e reconhecida internacionalmente muitas vezes. E fora quem encontrou e desenvolveu tecnologia de última geração para a exploração da maior descoberta do ramo dos últimos tempos - os campos do Pré-sal!

Estes campos se encontram em águas ultra profundas que especialistas diziam impossíveis de ser exploradas. Poucos anos após sua descoberta, a Petrobras extrai mais 1 milhão de barris por dia destes poços. Faz isso a um custo de US$ 7 dólares o barril (contra uma média de 15 dólares de outras empresas do ramo), tornando este petróleo altamente rentável e mesmo estratégico neste momento de baixa dos preços.

Apesar de todo este valor estratégico, os deputados da base aliada do governo Temer votaram nesta quarta (04/10) a favor da PL 4567/2016, que retira da Petrobras a garantia de participação de 30% em todos os poços do Pré-sal e de ser sua operadora única.

Isto significa que os grandes monopólios estrangeiros do setor, que sempre desejaram colocar as mãos em nossas imensas reservas petrolíferas, finalmente poderão ser donas da totalidade dos campos do Pré-sal, sem nenhum impedimento legal. Além disso, estas empresas poderão decidir como irão produzir, quanto, para quem e de quem comprarão os materiais e serviços necessários. É a completa entrega da soberania nacional neste que é um dos setores mais estratégicos - o da energia - para qualquer país.

O processo de desmonte da Petrobrás já vinha sendo realizado gradualmente, desde os anos 90 com a criação do Programa Nacional de Desestatização do Collor e da ANP (Agência Nacional do Petróleo) de Fernando Henrique Cardoso, e também se pôs em prática no Governo de Dilma Rousseff, com o Leilão do Campo de Libra e outros campos, e posteriormente com a paralisação de importantes campos de exploração de petróleo após a Operação Lava-Jato – operação esta que, ao invés de ter combatido a corrupção no interior da Petrobrás, na verdade apresentou a empresa como antro de corrupção pelo seu caráter estatal, e assim facilitando a entrega do patrimônio nacional. A abertura da exploração do Pré-Sal aos grupos monopolistas estrangeiros é um salto qualitativo no processo de rapina dos nossos recursos e aprofundamento da condição semicolonial do Brasil.

Nós da União da Reconstrução Comunista conclamamos todas as forças e pessoas verdadeiramente patrióticas, progressistas e dispostas a lutar contra este verdadeiro crime, perpetrado por uma corja de parlamentares traidores que se arvoram do título de ''representantes do povo", mas que não representam nada além dos interesses de velhas elites e de potências estrangeiras.

Deverá vir das ruas as respostas do povo brasileiro contra este verdadeiro crime de lesa-pátria. Os petroleiros devem tomar a frente neste processo de luta contra a entrega do pré-sal e o avanço do Imperialismo sobre nossas riquezas naturais.

Todo o Petróleo tem que ser nosso!

Por autodeterminação em defesas dos interesses nacionais!

Pela libertação nacional contra o completo entreguismo do governo e do Congresso!

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