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Os 100 anos do Partido e o que devemos esperar dos comunistas brasileiros



Neste 25 de março completa-se 100 anos desde que aquele punhado de bravos fundou o Partido Comunista em nosso país. A data e o número se tornam importantes pela sua representação, mas além de um momento de celebração pela história do movimento comunista brasileiro, é necessário também tornar a ocasião de um profundo balanço da nossa trajetória e compreender os acertos e principalmente os erros que nos trouxeram até aqui.


Para além de discussões mesquinhas a qual ou outra agremiação deve se atribuir a data de fundação, como se o partido proletário fosse um problema do Supremo Tribunal Eleitoral, se impõe aos comunistas brasileiros – os consequentes, não os oportunistas e revisionistas, evidentemente – compreender o quadro histórico que se desenvolveu a história centenária do Partido Comunista no Brasil e o que se faz necessário corrigir para que possamos novamente estar a frente da luta do povo brasileiro por sua libertação nacional.


Vivemos em mais um período de crise do nosso Estado semicolonial, no qual os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade cada vez mais são jogados na miséria para satisfazer a sanha de lucros da burguesia burocrática e seus amos imperialistas. A crise social, política, econômica e humanitária que atinge o nosso povo somente pode ser concretamente e de forma definitiva superada com o avanço da luta e da reconstrução do instrumento fundamental que é o partido comunista.


Vemos as lutas de resistência na nossa atual conjuntura sendo levadas a cabo mesmo com as dificuldades impostas por todo o território nacional. Camponeses, operários, mulheres, indígenas e quilombolas tentam resistir aos diversos ataques vindos do Executivo, Legislativo e Judiciário do apodrecido Estado brasileiro. Contudo, a ausência de uma força política organizada e dirigida pela compreensão do socialismo científico faz com que não tenham a contribuição necessária para alavancar e potencializar tais lutas e encaminhá-las para uma luta mais ampla pela libertação nacional e pelo socialismo. Diante disso, mesmo as mais consequentes lutas que eclodem em nosso país não conseguem avançar, muitas vezes pela influência do petismo e dos partidos oportunistas e revisionistas, mais atentos nos seus planos eleitorais do que no avanço da consciência do nosso povo.


Por isso é necessário, mais do que nunca, nos aprofundar no estudo da história do Partido Comunista no Brasil, para que saibamos corrigir os nossos erros e avançar para a reconstrução de um Partido Comunista digno do seu nome, assim como para aprendemos como camaradas como Pedro Pomar, Mauricio Grabois, José Duarte e tantos outros ao longo desses 100 anos que se passaram se dedicaram a luta ideológica dentro do partido contra as concepções não proletárias dentro do Partido. Somente assim, não nos assustando com o debate e firmes ao travar a luta ideológica dentro do movimento comunista brasileiro hoje, poderemos seguir em frente e honrarmos a tradição da luta dos comunistas em nosso país.


Indicamos aqui, mais uma vez, a nota da URC publicada no ano passado, por ocasião dos 99 anos da fundação, uma vez que seu conteúdo segue completamente válido, como não poderia deixar de ser.



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